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Conheça o único santuário de elefantes da América Latina e como os animais contribuíram para a recuperação da natureza


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A Associação Santuário de Elefantes Brasil (SEB) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que resgata elefantes cativos em situação de risco, oferecendo-lhes o espaço, as condições e os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente dos anos passados em cativeiro.

O Santuário está localizado no município de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. O espaço tem o apoio de duas renomadas organizações internacionais de defesa e estudo dos elefantes, ElephantVoices e Global Sanctuary for Elephants.

Atualmente, o Santuário tem seis habitantes: Maia, Rana, Lady, Mara, Bambi e Guillermina, todas elefantas asiáticas que foram resgatadas após décadas de suas vidas trabalhando em circos e zoológicos.

Inclusive, Maia foi uma das primeiras moradoras a chegar ao local. Junto com Guida, elas chegaram ao Santuário em outubro de 2016. As duas foram resgatadas depois de mais de 40 anos vivendo em cativeiro e sofrendo maus-tratos.

Entretanto, Guida morreu em junho de 2019, após quase três anos vivendo na natureza. Estima-se que ela tivesse entre 46 a 47 anos.

Ao longo dos anos, as demais integrantes foram chegando. A cada nova moradora, é necessária uma série de adaptações. Em princípio, elas não têm contato direto umas com as outras, até porque são de espécies diferentes, Africanas e Asiáticas, portanto com comportamentos específicos.

Além disso, por estarem acostumadas ao cativeiro, as elefantas precisam de tempo para absorver que estão livres e em contato com a natureza. Nos relatos e vídeos divulgados pela administração do Santuário, é possível perceber que, nos primeiros dias, elas são contidas até para se movimentarem.

No entanto, uma vez adaptadas, costumam se relacionar bem umas com as outras. E aí, fica até divertido vê-las brincando na lama, identificando árvores, correndo na chuva.

Os animais vivem em uma área de aproximadamente 1,1 hectares, que era uma antiga fazenda utilizada para a criação de gado. As elefantas vivem soltas. No entanto, o local também tem uma área de galpões e baias, onde elas são colocadas assim que chegam até que se sintam confortáveis a sair do recinto.

Em razão da criação do Santuário, as áreas que antes eram utilizadas para pastagem estão em plena regeneração e recomposição.

O presidente do Santuário dos Elefantes no Brasil, Scott Blais, explica que quando chegaram à fazenda que se tornaria o Santuário, o pasto era bem baixo e com poucas árvores. Para o especialista em elefantes, a capacidade de regeneração do Cerrado é impressionante. “Mesmo já tendo ouvido falar que o cerrado é muito forte e resiliente, foi incrível observar a evolução do bioma”.

Ainda segundo os especialistas, esse processo de regeneração da área acaba atraindo outros animais que estavam sumindo do local em razão da degradação ambiental.

Como ajudar?

 

O Santuário não é um projeto de duas pessoas, quatro pessoas, ou dez pessoas, esse é de mil pessoas. Para mantê-lo, muitas pessoas ajudam com doação no mundo inteiro, não só do Brasil. Europa, Austrália, América, Estados Unidos, todos colaboram de alguma forma.

O local proporciona vida nova para os elefantes e, muitas pessoas pensam, que só ricos podem ajudar. Não é bem assim. Qualquer pessoa pode doar. Seja R$ 10 por ano, ou o mesmo valor mensalmente. Tudo é válido. Campanhas podem ser realizadas em prol do local, como a venda de lacres e latinhas de bebidas.

Além disso, o Santuário tem uma loja, onde é possível adquirir produtos como camisetas, canecas, bolsas e muito mais.

Conhecendo o Santuário

 

Para conhecer o Santuário não é preciso ir lá, até porque os elefantes vivem soltos e se escondem na mata, e a intenção é justamente que eles não sejam uma atração como foram durante a vida toda nos cativeiros onde viveram.

No entanto, nas redes sociais e no portal é possível acompanhar os relatos do dia a dia destes animais, assim como assistir aos vídeos que os tratadores conseguem fazer durante o atendimento a elas.

E quem quiser ajudar de forma mais efetiva, pode participar da campanha “Adotar um Elefante”, enviando recursos especialmente para os cuidados de qualquer uma das moradoras.

G1

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